A prática criminal, ou a ameaça real, é bastante impactante, por óbvio, às vítimas, uma experiência profundamente traumática. Entretanto há uma questão relevante que normalmente é tratada como de menor importância: O MEDO DO CRIME.
O “medo do crime” é uma sensação bastante referida nos dias atuais. Ele reflete uma angústia individual, algumas vezes expandida à comunidade como um todo, diante do fenômeno de uma criminalidade rampante, aparentemente fora do controle, e do estado coletivo de insegurança que dele pode passar a decorrer (DANTAS, G.F.L.; PERSIJN, A.; SILVA JUNIOR, A.P. O medo do crime. 2006. Pág. 2).
O tema do “medo do crime”, portanto, merece especial atenção por seu potencial de alterar a qualidade de vida dos indivíduos e das comunidades. Um melhor entendimento do “medo do crime” pode permitir maior controle da insegurança pública (Idem. Pág. 20).
O assunto vem à baila pela manchete de que os dirigentes da delegação inglesa de futebol estão apreensivos quanto à segurança no Brasil durante a Copa do Mundo de 2014.
Meu interesse no "medo do crime" emerge a partir do que observo quanto às formas de "tranquilização", desde grades nas janelas até a contratação de empresas especializadas em segurança.
Há muito dinheiro gasto (público e privado) para amenizar o medo do crime, entretanto, ao que tudo indica, a angústia pela expectativa de ser a próxima vítima de crime/violência ainda não está devidamente "medicada"...
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